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MoonPay, o “PayPal do cripto”, capta $ 87 milhões em investimento coletivo de celebridades

Com sede em Miami, startup fundada em 2018 por Ivan Soto-Wright e Victor Faramond tem como sócios personalidades como Justin Bieber, Snoop Dogg, Paris Hilton, entre outros.

Com sede em Miami, startup fundada em 2018 por Ivan Soto-Wright e Victor Faramond tem como sócios personalidades como Justin Bieber, Snoop Dogg, Paris Hilton, entre outros.

 

Os impactos da criptoeconomia e o potencial dos NFTs (tokens não fungíveis) para o mercado de entretenimento está atraindo artistas da música e do cinema para um novo perfil de investimentos. E quem se beneficiou deste movimento é a MoonPay, uma startup com sede em Miami que se define como o  “PayPal da economia cripto” e que recebeu nesta semana um total de $ 87 milhões em uma rodada de investimento coletivo. 

O detalhe é que entre os novos sócios da empresa, que desenvolveu uma plataforma de transações financeiras de moedas digitais entre empresas e pessoas, estão celebridades da música, dos esportes e do cinema, como Justin Bieber, Snoop Dogg, Paris Hilton, Bruce Willis, Gyneth Palthrow, Drake, Steve Aoki, Maria Sharapova, Ashton Kutcher, Post Malone e Anthony Kiedis (Red Hot Chilli Peppers). Alguns destes investidores, como Bieber e Hilton, já alocaram alguns milhões de dólares no ano passado em obras NFT, segundo a Bloomberg.

A premissa da MoonPay é permitir aos usuários comprar e vender ativos digitais e NFTs via cartões de crédito e débito e plataformas de pagamento das big techs como Apple, Google e Samsung. O propósito desta tecnologia, afirma o CEO e cofundador da MoonPay, Ivan Soto-Wright, é “permitir a qualquer pessoa e organização fazer a ponte entre as finanças tradicionais e a criptografia”, um mercado que a partir da próxima década vai impactar “bilhões de pessoas a movimentarem trilhões de dólares de valor digital”. 

Em entrevista após o anúncio do investimento, Wright explicou que “nós vemos um formato diferente para a indústria do entretenimento”. Para ele, os NFTs são uma nova forma de criadores e artistas gerenciarem seus royalties: “vamos construir um portfólio diversificado de pessoas incríveis de indústrias diferentes e falar sobre propriedade intelectual”. 

A MoonPay, que tem o empreendedor Victor Faramond como co-fundador, tornou-se um unicórnio em novembro passado, após receber uma rodada de investimento de $ 555 milhões, liderado pela Tiger Global Management e o fundo de hedge Coatue – com os recursos, a empresa passou a ter um valor de mercado de $ 3,4 bilhões. Uma trajetória meteórica para uma startup fundada em 2018 e com pouco mais de 200 funcionários.

“A Web3 está mudando radicalmente a forma como pensamos sobre o valor criativo. Estamos à beira de um renascimento criativo da criptografia, e nossos investidores estratégicos estão ajudando a liderar esse movimento”, analisa o CEO, em postagem no site da empresa.

Somente em 2022, mais de 600 startups que atuam com soluções para a criptoeconomia já captaram cerca de $ 12,5 bilhões em financiamento de capital de risco, segundo a gestora de fundos 3iQ Digital Assets. E o fato da MoonPay estar em Miami fortalece também o propósito da cidade para se tornar a maior referência global em moedas digitais e no mercado de NFTs – nas últimas duas semanas, eventos como o Miami NFT Week e a Bitcoin Conference 2022, com mais de 30 mil participantes, cumpriram seu papel de atrair a atenção de empreendedores, investidores e do público em geral, para o Sul da Flórida.  Até o dia 30 de abril, uma série de eventos mesclando tecnologia e cultura estão no calendário local, como o eMerge Americas e o Miami Tech Summit.

 

INVESTIMENTOS ALÉM DO MERCADO CRIPTO

Esta efervescência é benéfica não só para o mercado cripto mas para toda a economia tech do Sul da Flórida. No ano passado, o volume de investimentos em venture capital a startups sediadas na região de Miami e Fort Lauderdale somou $ 4,6 bilhões, maior resultado já registrado na cidade – e que representa mais do que o dobro do ano anterior ($ 1,92 bi). Os dados estão no estudo State of Venture, da consultoria CB Insights. 

O cenário atrai cada vez mais empresas de fora, como a Grover, uma plataforma de assinatura online destinada ao aluguel de produtos tecnológicos. Fundada em Berlim, a companhia iniciou suas operações em fevereiro passado com uma sede no distrito financeiro de Brickell, onde pretende contratar cerca de 100 pessoas para expandir no mercado norte-americano. A Grover já chega na condição de unicórnio, graças a duas rodadas recebidas neste mês que somam $ 330 milhões. 

Outras startups nativas da região, que atuam em diferentes mercados, também anunciaram aportes em abril que somam $ 44 milhões: uma delas é a SmartHop, aplicativo para motoristas de caminhão, que recebeu investimento de $ 30 milhões liderado pela Sozo Ventures para ampliar sua solução (que ajuda profissionais independentes a ampliar receitas e agilizar entregas). A outra é a healthtech Guard Medical Inc., que levantou uma rodada série B de $ 11 milhões para desenvolver e comercializar um curativo especial para tratamento profilático de incisões cirúrgicas. 

Dada a diversidade de negócios que a cena tech de Miami tem atraído e desenvolvido, a tendência é ver cada vez mais empreendedores – e fundos de investimento – olharem e apostarem no Sul da Flórida como base para novas tecnologias e inovações.

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