Criptomoeda local lançada nesta semana será usada para levantar recursos extras e ajudar a financiar projetos e serviços públicos
Miami acaba de lançar a própria criptomoeda, a MiamiCoin. O anúncio do início do processo de venda e mineração do “Bitcoin de Miami” foi feito na terça-feira, dia 3 de agosto.
Segundo o prefeito, o objetivo da iniciativa é levantar recursos extras para financiar projetos na cidade. Um percentual de 30% de todas as MiamiCoins mineradas ficará com a cidade. Os outros 70% poderão ser armazenados ou comercializados pelos mineradores.
No universo das criptomoedas, minerar é o nome dado ao processo de criptocracia feito por computadores para garantir a transparência das transações e segurança da moeda digital.
A comercialização das MiamiCoins será feita através da exchange Okcoin.
Segundo a prefeitura, o dinheiro levantado com a criptomoeda local vai ajudar a financiar projetos públicos, como a construção de ruas e parques.
O prefeito também disse que espera que a iniciativa ajude a reforçar o ecossistema local de tecnologia e a atrair investimentos para a cidade.
O lançamento da criptomoeda local é parte do projeto da prefeitura local de transformar a cidade em um hub tecnológico e na “capital mundial do Bitcoin”.
Em declarações à imprensa, há pouco mais de um mês, o prefeito Francis Suarez convidou mineradores de criptomoedas estrangeiros a se mudarem para Miami. Hoje, a maior parte deles está na China, onde o governo tem adotado medidas restritivas à atividade.
Miami também sediou recentemente o maior evento de Bitcoin do mundo e criou um evento próprio com a mesma temática. Desde o início do ano, a cidade estuda a possibilidade de pagar funcionários públicos com o token.
A MiamiCoin foi construída usando um protocolo chamado Stacks, que viabiliza a criação de contratos inteligentes sobre a rede blockchain do Bitcoin. Para minerar a MiamiCoin, basta comprar o token, também conhecido pela sigla STX, e armazená-lo na carteira digital.
Ao menos por ora, porém, não será possível comprar nada com o token. O motivo é uma lei federal que proíbe a criação de criptomoedas locais que possam competir com o dólar.
A expectativa, porém, é a de que o ativo ganhe liquidez com o tempo e que possa ser usado de outras formas, como a criação de programas de benefícios no comércio local.
O projeto da MiamiCoin foi desenvolvido pela prefeitura local em parceria com uma startup chamada CityCoins. Miami é o primeiro cliente da empresa a colocar uma criptomoeda no mercado. Mas a CityCoins já anunciou que fechou contrato também com São Francisco.
Ao menos nessa disputa, Miami saiu na frente.