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Startups de Miami recebem $ 2,5 bilhões em investimentos em 2022

Report do segundo trimestre mostrou que, neste período, foram captados mais de $ 1,1 bilhão em recursos de venture capita

Report do segundo trimestre mostrou que, neste período, foram captados mais de $ 1,1 bilhão em recursos de venture capital – destaque para deals envolvendo fintechs, como a Halborn (foto).

As empresas inovadoras da região de Miami captaram mais de R$ 2,5 bilhões em recursos de venture capital no primeiro semestre de 2022, num total de 195 deals – uma média de $ 12,8 milhões por aporte. Os dados estão do report do segundo trimestre do ano publicado pela PitchBoob-NVCA Venture Monitor, que posiciona o sul da Flórida entre os ecossistemas emergentes no país, que captaram entre $ 2 bilhões e $ 5 bilhões no período, como as regiões metropolitanas de Seattle ($4,4 bi), Philadelphia ($ 3,9 bi), Washington DC ($ 3,2 bi), Austin ($ 3,4 bi), Denver ($ 3) e Chicago ($ 2,4bi). 

Apesar da redução no volume total de investimentos em startups – resultado dos humores do mercado diante da ala da inflação e das taxas de juros – o Vale do Silício ainda reina na captação de recursos, com mais de $ 52 bilhões, seguido à distância, pelas regiões de Nova York ($19,8 bi), Boston e Los Angeles (ambos somando $ 12,6 bi) – veja no mapa abaixo.

Em relação à Miami, os $ 1,1 bilhões captados no segundo semestre representaram uma queda movimentação financeira inferior à dos primeiros meses do ano ($ 1,4 bi), o que aponta para uma tendência de redução gradual nos investimentos para o restante do ano, como apontou a Reuters

“No último trimestre, o ritmo de captação de recursos diminuiu drasticamente e o valuation das empresas estão começando a ser corrigidos. Se os próximos meses forem tão calmos quanto prevemos, os CEOs precisarão fazer algumas escolhas difíceis para preservar o caixa”, afirmou Pamela Aldsworth, chefe de Venture Capital do J.P. Morgan, no report do período.

FINTECHS SE DESTACAM

Ainda assim, foram realizados deals significativos em startups do Sul da Flórida neste período, como os $ 130 milhões captados pela PayCargo, uma plataforma de pagamento logístico para cargas marítimas com sede em Coral Gables. A rodada série C foi liderada pelo fundo Blackstone Growth e vai apoiar a expansão doméstica e internacional da empresa, que conta com mais de 5 mil fornecedores conectados. 

A PayCargo foi fundada em 2007 por um grupo de empreendedores do Sul da Flórida que viram a oportunidade de criar um sistema eletrônico para facilitar e dar segurança ao pagamento de fretes. Em junho de 2021, a empresa já havia recebido um aporte significativo: $ 125 milhões, liderado pelo fundo Insight Partners, impulsionado pelos resultados dos anos anteriores, quando a empresa dobrou seu faturamento e começou a desenvolver uma estratégia para se tornar uma companhia global.

Segundo o CEO Eduardo Del Riego, o novo aporte será utilizado para expandir a atuação da fintech a mais continentes, desenvolver novos produtos em torno de dados financeiros e comerciais, além de criar um fundo para fusões e aquisições (M&A), uma vez que a área de prestação de serviços para a indústria naval é muito fragmentada – a ideia é que a PayCargo se torne um hub de soluções para este mercado. 

Nascido em Cuba, Del Riego veio aos Estados Unidos ainda criança e começou a trabalhar na indústria de cargas na década de 1970. Depois de atuar em empresas de navegação – na Flórida e em Porto Rico, ele criou uma empresa de tecnologia, que foi vendida antes dele ingressar na PayCargo, em 2013.   

Outra empresa que captou um dos maiores investimentos do segundo trimestre no Sul da Flórida – $ 90 milhões – foi a Halborn, plataforma de segurança cibernética para empresas que atuam com criptomoedas e blockchain. A rodada foi liderada pela Summit Partners, empresa de private equity com sede em Boston, e teve participação de vários outros fundos como Castle Island Ventures e Digital Currency Group.

Fundada em Miami pelos empreendedores Steven Walbroehl e Rob Benhnke, a Halborn chegou ao mercado em 2019 e oferece serviços de consultoria de segurança, conformidade técnica e auditorias inteligentes de contratos para clientes como Coinbase, Solana e outros. Além disso, está ajudando grandes empresas fora do universo cripto – como Nike e Amazon – a usar protolocos de blockchain sem risco. 

Em recente entrevista à Bloomberg, o CEO Behnke comentou que a queda recente no valor das criptomoedas não afeta as estratégias da empresa: “o que importa realmente é que toda a indústria está crescendo”. 

 

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