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Empreendedora do Sul da Flórida cria plataforma de saúde mental destinada a estudantes da “Geração Tik-Tok”

Startup Clayful, founded by Maria Barrera (and partner Melissa Pelochino), raises $7 million to expand personalized psychological support to students ages 8 to 18.

Startup Clayful, fundada por Maria Barrera (esquerda) e Melissa Pelochino, capta $ 7 milhões para ampliar apoio psicológico personalizado a alunos de 8 a 18 anos. 

 

Uma reportagem no New York Times que abordava o aumento da taxa de suicídio em crianças de 8 anos mudou a vida e o propósito de Maria Barrera, engenheira mecânica que cresceu no Sul da Flórida e se formou em Stanford. Depois de ler a matéria, ela decidiu que era hora de fazer a diferença e criar algum projeto que pudesse ajudar crianças e adolescentes que enfrentam uma crescente crise de saúde mental. 

Ela saiu do emprego e, ao lado da ex-colega Melissa Pelochino (com quem trabalhou em uma empresa de tecnologia para educação na Flórida), criou a Clayful, uma plataforma multilíngue de bem-estar mental que conecta jovens estudantes a profissionais especializados para ajudar a resolver problemas comportamentais e desenvolver habilidades para enfrentar os desafios e dilemas comuns em uma fase complexa como a adolescência. A metodologia é baseada em três premissas: manter postura neutra e ser imparcial na avaliação; fazer perguntas poderosas que apoiem a tomada de decisão dos alunos; capacitar jovens a desenvolver resiliência. 

Fundada em 2021, a Clayful ficou durante dois anos atuando de maneira discreta com cerca de 50 escolas dos EUA, fazendo o match entre alunos e os profissionais de desenvolvimento humano e saúde – com uma abordagem focada nos jovens da “geração Tik-Tok”, via chat e personalizada. Como destaca Maria, a solução ajuda a resolver a escassez de orientadores escolares (há um para cada 408, em média, no país) enquanto há cada vez mais demanda por apoio psicológico aos jovens. “Queremos garantir que cada aluno tenha um treinador humano confiável e certificado ao alcance de um dispositivo. Nosso projeto se baseia em atender às crianças onde elas estão, dentro e fora da escola”, disse a CEO e em entrevista ao TechCrunch.

No final de novembro, a Clayful, com base no condado de Broward, recebeu seu primeiro aporte de capital: $7 milhões, liderado pelo fundo Reach Capital e uma série de investidores, de empresas a gestoras de venture capital dedicadas ao mercado de ensino, como Nearpod (a empresa onde as fundadoras trabalharam juntas), ClassDojo, Google for Startups Latino Founders Fund, Ovo Fund, Charter School Growth Fund, entre outras.

UM DESAFIO DE $10 BILHÕES/ANO

“Com o aumento das taxas de ansiedade, depressão e suicídio entre os jovens, a necessidade de soluções de saúde mental é mais premente do que nunca. Os desafios mentais da infância custam cerca de US$ 10,9 bilhões por ano nos Estados Unidos. Os estados estão liderando suas próprias iniciativas para financiar serviços de saúde mental, expandir a capacidade dos terapeutas e oferecer mais educação e recursos de saúde mental para alunos e funcionários”, detalhou a cofundadora da Reach Capital, Wayee Chun, em artigo explicando o que motivou o investimento na Clayful

Além do mercado e da demanda social latente, já havia uma relação entre a gestora de investimentos e as fundadoras da startup: a Reach também investiu na Nearpod e o trabalho desenvolvido por Maria e Melissa quanto a estratégias, operação e expansão da empresa não passou despercebido.  

O investimento na Clayful será destinado a contratações, especialmente de líderes de treinamento de coaches e supervisores, além de representantes de vendas e equipe de Customer Success. Atualmente, a plataforma está disponível em 25 distritos escolares de seis estados e a equipe fixa é de nove pessoas – há ainda cerca de 100 instrutores certificados pela empresa que atuam no suporte personalizado e confidencial aos alunos, com idades entre 8 e 18 anos. Quem paga pelo serviço são as escolas, não os alunos. 

Os principais problemas relatados pelos jovens são ansiedade social, bullying e pressão durante os estudos. Mas 86% dos usuários responderam à plataforma que se sentiram mais seguros e motivados após as conversas com os instrutores. À Refresh Miami, a cofundadora desabafou: “o que os estudantes contam me faz chorar”. 

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