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Pesquisas mostram avanços e desafios na Flórida para atrair capital e profissionais de TI

Miami se aproxima, no investimento a startups, dos números de Austin – mas as cidades do estado não vão bem em ranking de melhores mercados para trabalhar com tecnologia.

 

O Sul da Flórida tem um dos mercados de tecnologia com maior diversidade de trabalhadores nos Estados Unidos. No ano passado, o volume de investimentos em startups da região foi quase o equivalente a um polo tech consolidado há décadas, como Austin. Além disso, Tampa apresentou um dos maiores crescimentos em recursos de venture capital nos últimos dez anos (460% de expansão).

Por outro lado, a falta de benefícios aos trabalhadores deste mercado, somado à ausência de grandes polos de formação de talentos – como universidades – colocaram as cidades da Florida na parte final de um ranking que listou as 50 melhores cidades para profissionais de tecnologia nos EUA e no Canadá. Estas são algumas conclusões de estudo recentes sobre o mercado de TI no pós-pandemia e um consolidado dos últimos 10 anos (2011-2021). 

Na pesquisa divulgada pela CBRE, líder mundial em serviços e investimentos imobiliários comerciais, a cidade do Sunshine State mais bem avaliada é Orlando, em 29o. lugar. Pouco depois, seguem South Florida (33o.) e Tampa (34o.), com Jacksonville nas últimas colocações (46o). 

A lista é formada por 13 indicadores, como a diversidade da força de trabalho, a disponibilidade de emprego e o número de graduados universitários, que mostraram os melhores mercados para os profissionais de tecnologia trabalhar. Lideraram o ranking a Bay Area de San Francisco, Seattle, Washington D.C., Toronto e área metropolitana de Nova York. 

Ainda que a Flórida – especialmente Miami – tenham se beneficiado com a migração de empresas e de investidores nos últimos anos, elas ficaram longe das primeiras colocadas em função do custo de mão de obra e o número de graduados universitários. No quesito diversidade dos profissionais, a região foi mais bem avaliada. 

 

AS SEMELHANÇAS (E DIFERENÇAS) COM AUSTIN

Para o professor e escritor Richard Florida – autor de um livro de referência no setor tech, A Ascensão da Classe Criativa – mesmo antes da pandemia, Miami era uma das nove regiões metropolitanas em ascensão. “Alguns acreditam que a pandemia também está aumentando a geografia da inovação, com técnicos, empresários e capitalistas de risco mudando de centros superstar como São Francisco e Nova York para outros em ascensão, como Austin e Miami”, escreveu em artigo para a Bloomberg.

Em termos de fluxo de investimentos em startups a cidade recebeu quase o mesmo ($ 4,6 bilhões em 2021) do que Austin ($ 5 bilhões), a sexta colocada no ranking do CBRE. 

O professor destacou, por outro lado, que “muito se fala na ascensão de Miami e de Austin com hubs de tecnologia, mas elas ainda estão longe do nível de investimento em regiões como a Philadelphia e Chicago”, com cifras superiores a $ 7 bilhões no ano passado. Um mercado líder, como o de San Francisco, onde circulou um volume de capital de $ 90 bilhões em 2021, chega a ser 20 vezes maior do que o emergente Sul da Flórida. 

“Embora tenha atraído alguns capitalistas de risco e empresários proeminentes da Bay Area, a região carece ostensivamente do tipo de grande universidade de pesquisa encontrada na maioria dos principais centros tecnológicos”, disse Florida.  E, embora seja o destino prioritário dos profissionais que deixam Nova York, a concentração de conhecimento e talento tecnológico em Miami é mais comparável à de Las Vegas do que os principais pólos tecnológicos”, concluiu. 

Ainda há, portanto, um caminho a seguir para o Sul da Flórida se aproximar dos maiores mercados de TI e economia criativa. 

 

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