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O papel do Sul da Flórida no desenvolvimento de soluções urbanas inteligentes e sustentáveis

Smart City Expo Miami: The Role of South Florida in Developing Smart and Sustainable Urban Solutions

Smart City Expo Miami 2024, realizado nesta semana, reuniu especialistas de mais de 10 países e apresentou startups locais que estão na vanguarda da inovação para cidades e da resiliência climática. / Foto: Danilo Pantalena (Unsplash)

 

O Sul da Flórida foi o centro de debates nesta semana sobre os rumos das cidades e dos ambientes urbanos no contexto do uso de novas tecnologias e dos desafios climáticos e ambientais cada vez mais presentes em nosso cotidiano – uma questão urgente também para o planejamento de gestores públicos.

O Smart City Expo Miami 2024, realizado entre os dias 23 e 25 de setembro no campus Wolfson do Miami Dade College, reuniu centenas de participantes (e outros 7.000 on-line, representando 89 países) entre eles especialistas, executivos e empreendedores, com foco no tema “Future Ready Sustainable Communities”. Na programação, os temas mais debatidos foram mobilidade, qualidade de vida, ação climática e inclusão digital, além de sessões de networking e apresentações sobre as últimas tecnologias e soluções para cidades inteligentes e sustentáveis.

Além da confluência de especialistas de todo o mundo, o Smart City Expo Miami mostrou como empresas e pesquisadores do Sul da Flórida estão desempenhando papéis centrais neste debate. O arquiteto e engenheiro Thomas Spiegelhalter, professor da Universidade Internacional da Flórida (FIU), apresentou soluções inovadoras para cidades costeiras, com foco na criação de ambientes urbanos positivos em termos de carbono. Suas pesquisas na plataforma CRUNCH, que utiliza IA generativa e biologia sintética, oferecem novas ferramentas para o planejamento urbano sustentável em Miami. 

A proposta de Spiegelhalter envolve o uso de gêmeos digitais para mapear cenários futuros, uma tecnologia já aplicada em projetos locais visando a resiliência climática. Ele foi uma das personalidades homenageadas no encerramento do evento, ao receber o prêmio “Sustainable Smart Environments Award” como reconhecimento de suas pesquisas na área. 

Para Sarbeswar Praharaj, da Universidade de Miami, as políticas de uso da terra, habitação e transporte devem evoluir rapidamente para dar suporte às populações urbanas em crescimento. “As cidades inteligentes têm a ver com a compreensão dos dados existentes e sua aplicação a esses desafios urgentes”, detalhou.

MARCO ZERO DO RISCO CLIMÁTICO

O dia 22 de julho de 2024 foi considerado o mais quente registrado no sul da Flórida, de acordo com medição da NASA, superando o recorde estabelecido exatamente um ano atrás.  “Miami é o marco zero do risco climático, mas temos tecnologias que podem ajudar a tornar nossas cidades mais resilientes”, disse Tim Sperry, da Carbon Limit, climate tech com sede em Boca Raton e que foi um dos destaques do evento. 

A startup, que fabrica um aditivo para concreto que absorve dióxido de carbono, detalhou no evento sua mais nova criação, uma tecnologia de resfriamento que melhora a capacidade do concreto de refletir a luz solar para reduzir a absorção geral de calor, chamada de CoolCrete. O objetivo é reduzir as emissões de carbono e atenuar os efeitos da ilha de calor urbana, especialmente em áreas mais adensadas. 

A empresa Sargassum Eco Lumber, baseada em Miami, apresentou uma solução inovadora que transforma algas em materiais de construção sustentáveis, combatendo a poluição e oferecendo uma alternativa ecológica para a indústria da construção. “Essas soluções podem fazer uma diferença significativa em como nossas cidades respondem às mudanças climáticas”, afirmou a CEO e fundadora Raquel de Antonio. O projeto foi o vencedor da competição de startups do evento.

Na visão do curador Bernardo Scheinkman, o Smart City Expo Miami 2024 posiciona a cidade como um centro de desenvolvimento e aplicação de soluções urbanas inteligentes e sustentáveis, reforçando seu papel como líder em inovação climática. “Quando falamos de cidades, estamos falando de inovação – coisas que precisamos fazer – e essas jovens empresas podem ajudar. A saúde, o bem-estar humano e a sustentabilidade ambiental estão no centro da criação de cidades tecnologicamente avançadas”, resume. 

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