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Com sede em Miami, fundo Protagonist terá $100 milhões para investir em startups da Web3

Criada por empreendedores de criptomoedas e fintechs – como Harry Hurst, do unicórnio Pipe – grupo de investimento (que também é um laboratório de inovaçao) busca negócios de jogos, blockchain e segurança.

 

O crescente ecossistema cripto do Sul da Flórida ganhou um novo player nesta semana. O Protagonist, misto de laboratório de inovação e veículo de capital de risco, apresentou-se ao mercado na terça (12) com o lançamento de seu primeiro fundo de investimentos, com sede em Miami e que terá $100 milhões para startups que atuem com soluções blockchain e voltadas à Web3.   

A Protagonist foi fundada por Dylan Macalinao, Ian Macalinao, George Bousis, e Harry Hurst. Dylan e Ian são os fundadores da Saber Labs, criada no Texas e focada na cibermoeda Solana. George é presidente da Raise, de Chicago, empresa do mercado de pagamentos e cartões fidelidade, e atua como investidor-anjo. Assim como Harry, co-CEO da Pipe, plataforma pioneira para financiamento de empresas com modelo de receita recorrente e um dos primeiros unicórnios da cena tech de Miami.

A tese de investimentos está focada em aporte e incubação de empresas em estágio inicial em mercados que incluem jogos, infraestrutura, blockchain, segurança e privacidade. De acordo com a consultoria Garner, este ecossistema da “Web3” deve movimentar cerca de $ 3 trilhões até 2030.

Em entrevista à TechCrunh, o cofundador George Bousis disse que a Protagonist, fundada no início deste ano sem nenhum alarde, é um “reflexo de quem somos e das pessoas em quem queremos investir. Não se trata de ser apenas um venture capital, queremos encontrar os parceiros certos, construir uma marca e relacionamentos por 50 anos”. Essa perspectiva de longevidade difere da tese em geral de mercado, que prevê investimentos em startups e exits em horizontes de menor prazo, em torno de 5 a 7 anos.   

Mas a Protagonist está cultivando sua própria safra de startups, com desenvolvimento interno e incubação de projetos. Como a Aptos, de construção segura e escalável de blockchain; Cardinal, protocolo de “propriedade condicional de NFTs”, modelo que permite aluguéis e assinaturas dos tokens não fungíveis; e a Cogni, plataforma de serviços bancários cripto. “Vamos investir nos protocolos centrais que apoiarão o ecossistema emergentes da Web3”, disse Dylan Macalinao, em comunicado.    

Miami parece ser o destino ideal para essa imersão no futuro dos criptonegócios devido à atração de eventos, startups e investidores à cidade nos últimos anos. Uma das mais recentes apostas está nos NFTs para o mercado aéreo, explorado pela TravelX, que está desenvolvendo o primeiro protocolo de distribuição baseado em blockchain para a indústria de viagens. Em março passado, a empresa recebeu de cinco investidores uma rodada seed de $ 10 milhões

Outra startup de destaque na cidade é a MoonPay, o “PayPal da economia cripto” que recebeu há poucos meses uma rodada de investimento coletivo de $ 87 milhões – bancado por dezenas de personalidades como Justin Bieber, Snoop Dogg, Paris Hilton e Drake. A empresa permite aos usuários comprar e vender ativos digitais e NFTs via cartões de crédito e débito e plataformas de pagamento das big techs como Apple, Google e Samsung.

 

CENÁRIO INSTÁVEL NO MERCADO NÃO ASSUSTA INVESTIDORES   

Apesar do apetite dos fundadores, o cenário global é de redução nos investimentos em startups (que levaram a uma onda de demissões) e de oscilação na cotação das criptomoedas. Segundo a consultoria CoinShares, a perda acumulada das moedas digitais nos seis primeiros meses do ano foi de $ 200 milhões – resultado direto do aumento das taxas de juro pelo FED, que dragou investimentos mais arriscados para alternativas mais seguras. 

A própria Solana, criada por dois dos sócios da Protagonist, teve uma pesada desvalorização neste ano – a cotação atual, em torno de $34, está 86% abaixo da sua máxima histórica, $266, em novembro de 2021.

Para o cofundador George Bousis, porém, este é o melhor momento para investimentos. “É nas crises financeiros e no bear market (momento de grande desvalorização da Bolsa) que nascem as lendas, com os melhores negócios e retornos para o capital. É quando os verdadeiros investidores vão prosperar”, afirma.   

 

FOTO:  Pierre Borthiry (Unsplash)

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