Categories

Most Viewed

Right Kind of Wrong: The Science of Failing Well

Pesquisadora e professora da Harvard Business School, Amy Edmondson descreve três arquétipos do fracasso e mostra como fazer com que ele funcione para nós.

Autora: Amy C. Edmondson

Ideias centrais:

1 – Saber lidar com os fracassos de forma saudável e produtiva é primordial para persistir em busca do sucesso;

2 – É necessário identificar os tipos de fracasso: básico, complexo e inteligente.

3 – O fracasso ou erro básico geralmente envolve uma falha num contexto conhecido, enquanto o complexo envolve uma série de falhas e pode ser influenciado por fatores externos.

4 – O ideal é focar no fracasso inteligente, quando erramos em um território desconhecido em busca de inovações, aprendemos com os erros e buscamos práticas de excelência até alcançar o objetivo.

5 – No processo de fracasso inteligente, desenvolva o autoconhecimento, o conhecimento sobre situações e contextos, além de propiciar ambientes seguros para que os envolvidos dialoguem sobre as falhas.

6 – Assumir a responsabilidade sobre os seus erros é um ato de bravura. Evite desculpas vazias e admita os erros com sinceridade, o que inspira respeito.

Sobre a autora: Amy C. Edmondson é professora de Gestão e Liderança na Harvard Business School, além de ser especialista em segurança psicológica, inovação e dinâmica de equipes. Autora de diversos livros, em 2021 ela recebeu o primeiro lugar na premiação Thinkers 50, para os melhores pensadores de gestão.

Introdução:

Os fracassos podem, sim, ser úteis. Afinal, ao reconhecermos e assimilarmos as lições que vêm com as falhas, teremos ferramentas importantes para desenvolvimento pessoal e profissional.Este livro apresenta estratégias eficazes para lidar com os fracassos e aprender com eles.

Parte 1. O cenário do fracasso

Capítulo 1.  Perseguir o tipo certo de erro

Embora o processo seja difícil, implantar inovações envolve muitos erros até que se chegue à técnica certa. Porém, ao final, os resultados valem a pena e podem mudar ou salvar vidas. “Falhar certo” é complicado por três motivos: aversão, confusão e medo.

Aversão: uma resposta emocional espontânea ao fracasso
Para evitar que pequenas falhas se tornem algo maior, uma das estratégias mais importantes é verbalizar: fale sobre isso com a família, a equipe ou a organização. Se você aceitar a possibilidade de errar e lidar com isso de forma honesta, vai dar o seu melhor e os resultados terão efeitos psicológicos mais saudáveis.

Confusão: nem todo fracasso é parecido
Uma falha por negligência é diferente de uma falha que ocorreu mesmo quando os envolvidos fizeram o melhor que podiam. Por isso, o foco deve ser a busca por excelência, e não simplesmente o medo de fracassar.

Medo interpessoal: estigma e rejeição social
O medo de fracasso envolve também o medo do que os outros vão pensar. Tanto para a busca do melhor desempenho quanto para a saúde mental dos envolvidos, é necessário que as organizações tenham espaços seguros, que propiciem o diálogo sobre esses temores e como superá-los.

Causas do fracasso
Fracassos causados por falta de atenção, inabilidade e sabotagem, além de serem responsabilizados, devem ser seguidos por mudanças nas práticas das organizações para que não se repitam. Já os erros vindos de desafios, incertezas e experimentações podem fazer parte do processo de busca por aprendizado e excelência.

Ter sucesso por meio do fracasso
Dentro dos limites éticos e buscando as melhores práticas, algumas inovações revolucionárias surgem após uma série de fracassos, o que é comum na Medicina e na Ciência.

A inovação nunca termina
Quando a liderança propicia espaços seguros para o diálogo e a troca de ideias sobre possíveis erros, incentiva o aprendizado e a busca por inovação.

Praticar a ciência de fracassar bem
Fracassos nunca são satisfatórios, mas, com a prática e o uso de novas ferramentas e insights, podem ser menos dolorosos e gerarem aprendizados mais facilmente.

Capítulo 2. Eureca!

Os fracassos inteligentes são dignos de mérito, pois podem ser necessários para as descobertas importantes. O sucesso nos projetos depende muito da maneira de identificar quais são esses erros.

Quando o fracasso é inteligente
Um fracasso é inteligente quando segue quatro atributos-chave: acontece em um novo território; o contexto tem uma oportunidade real para avançar em busca de um objetivo; pode ser baseado em conhecimento disponível; é tão pequeno quanto possível para gerar insights válidos.

Novo território
Uma parte crucial de estar em um novo território, como quando você é pai pela primeira vez ou está no primeiro emprego, é a incerteza. Você não sabe exatamente o que vai acontecer quando tenta algo novo, mas pode ter resultados gratificantes ao assumir esses riscos.

Oportunidade significativa
Um fracasso inteligente ocorre quando você tem base para acreditar que pode evoluir em busca de um objetivo.

Faça sua lição de casa
Fracassos inteligentes começam com preparação. Estudos, pesquisas e testes fizeram parte de muitas descobertas importantes e, seja qual for o seu objetivo, busque o conhecimento disponível sobre o tema antes de finalizar os processos.

Mantenha pequeno
Como fracassos consomem tempo e recursos, você pode usar a tática de iniciar os projetos ou experimentos em uma escala menor e mais discreta, sem divulgá-los logo no início.

Aprenda o máximo que puder
Reúna e analise os dados do que pode ter causado cada fracasso ou aspecto positivo das experiências. Assim, terá mais condições de aprender com os erros e chegar mais perto dos objetivos.

Uma tendência a repetir ações
Tenha a disciplina de se importar mais com as novas informações trazidas pelos fracassos do que simplesmente pelo fato de ter errado. Pense no que você queria, no que aconteceu de fato e qual seria a explicação – assim, terá ideias mais claras para os próximos passos.

Mestres do fracasso inteligente
Cientistas, inventores, chefs e líderes de inovação tendem a aprender com os fracassos na busca pelos objetivos. Para terem resultados inovadores, os profissionais são movidos pela curiosidade, fazem testes e experimentações, estão sempre prontos para agir. Desta forma, ficam mais sujeitos aos erros, mas são mais tolerantes a isso e seguem em frente.

Levando a inteligência do fracasso inteligente ao coração
Internalizar o entendimento do fracasso inteligente pode ajudá-lo a desenvolver respostas emocionais mais saudáveis e construtivas. Com isso, você estará mais disposto a ter uma vida mais significativa e aventureira.

Capítulo 3. Errar é humano

Ao contrário dos fracassos inteligentes, os fracassos básicos envolvem erros em território conhecido. São improdutivos, pois geram perda de tempo e recursos, mas são os mais fáceis de prevenir – afinal, as probabilidades são conhecidas.

As bases do fracasso básico
Nem todos os erros causam fracassos. Alguns erros banais não geram consequências importantes. Ainda assim, todos os fracassos básicos são causados por erros – a falha é sempre o evento que ocasiona o fracasso.

Como reconhecer um fracasso básico
Fracassos básicos ocorrem em território conhecido e tendem a ser gerados por uma única causa.

Território conhecido
Para ser classificado como um fracasso básico, o erro cometido se refere a uma área em que já existe conhecimento suficiente para atingir os resultados desejados. Isto é, por negligência, falta de atenção ou excesso de confiança, as informações disponíveis foram ignoradas.

Única causa
Um único erro pode gerar um fracasso básico, enquanto múltiplos erros podem gerar fracassos complexos.

Como reduzir os fracassos básicos na sua vida
Faça da segurança uma prioridade, identifique os erros e aprenda ao máximo com eles. Isso envolve criar intimidade com o erro e com a sua falibilidade.

Fazer amizade com o erro
Os erros se tornam mais fáceis de lidar quando aceitamos que somos falíveis e falamos sobre isso com naturalidade. Admitir vulnerabilidade e dúvida é uma força, não uma fraqueza, e gera maior segurança psicológica.

Priorizar a segurança
Quando em território conhecido, não se limite a pensar nos lucros e priorize a segurança dos processos e das pessoas envolvidas.

Capturar o erro
Identificar os menores erros é uma maneira de prevenir falhas substanciais. Além disso, comunicar esses erros a tempo pode garantir a segurança em ambientes de alto risco.

Aprender com o erro
Para ser bem-sucedido em qualquer área, é necessário buscar aprendizado em qualquer erro que você venha a cometer.

Reportar sem culpa
Quando as pessoas se sentem seguras para reportar erros, é possível prevenir problemas mais graves em organizações, famílias e grupos sociais.

Manutenção preventiva
A sociedade moderna tende a focar as energias no presente, mas um futuro com menos fracassos evitáveis só é possível com ações preventivas.

Codificação
O uso de checklists para procedimentos garante o cumprimento de normas de segurança ou de ações preventivas.

Requirir treinamento
O treinamento em comunicação, liderança, conhecimento de situações e atitudes preventivas gera bons resultados para evitar problemas em diversas áreas.

À prova de falhas
Há muitas maneiras criativas de prevenir falhas, desde as soluções de design para tornar as casas mais seguras para crianças, até rotinas de estudos e de cuidados que qualquer pessoa pode adotar no dia a dia.

Eureca! Quando o fracasso básico se converte em sucesso
Os fracassos mais básicos, quando usados como aprendizado, podem ser ressignificados como oportunidades. Isso acontece quando você mantém a mente aberta e uma boa resposta aos erros.

Errar é humano. Prevenir o fracasso básico é divino.
Os erros sempre estarão conosco, mas cada um de nós tem oportunidades constantes para não ligar cada erro ao fracasso. Aceitar que os erros existem e buscar a prevenção é possível, louvável, e pode até ser empoderador.

Capítulo 4. A tempestade perfeita

O fracasso complexo, além de falha humana, pode envolver diversos outros fatores.

Muitas coisas pequenas
Quando muitos fatores dão errado, podem ocorrer até mesmo catástrofes graves. Por isso, a ciência de falhar bem começa com o diagnóstico de tipo de fracasso ocorrido.

Buscar o culpado
A nossa cultura de culpabilidade e de buscar um único responsável pelas falhas prejudica o processo de comunicar o problema a tempo de corrigi-lo. Por isso, incentivos a reportar erros sem culpa nas organizações são tão importantes.

A complexidade do fracasso complexo
Os fracassos complexos geram consequências devastadoras em vidas, organizações e sociedades. Nessas situações, múltiplos fatores interagem de maneiras inesperadas, mesmo que tenham ocorrido sinais prévios de perigo.

Contextos familiares
Fracassos complexos ocorrem em territórios conhecidos, onde há conhecimento disponível e experiência. A maioria das tragédias que aparece nos noticiários se trata de fracassos complexos em contextos que são familiares aos envolvidos.

Multicausal
Fracassos complexos têm mais de uma causa, sendo que nenhuma delas gerou o evento isoladamente.

Fatores externos
Nos fracassos complexos, geralmente há fatores externos ou incontroláveis que se juntam às outras causas. Como, por exemplo, quando eventos climáticos se unem a falhas humanas e mecânicas em acidentes navais.

Sinais de alerta
Os fracassos complexos geralmente são precedidos por pequenos sinais de alerta que foram perdidos ou ignorados. Para diagnosticar a situação e prevenir futuros incidentes, é necessário analisar também esses sinais.

Piorar as coisas
Crises em larga escala combinam múltiplas falhas e um mix de tipos de fracassos. Infelizmente, essas tempestades perfeitas não são parte do passado.

Desdobramentos por décadas
Alguns fracassos complexos têm causas que vêm do passado. Por exemplo, um acidente recente de avião pode ter, entre os motivos, uma cultura empresarial que dificulta a comunicação, treinamentos insuficientes por anos etc.

Fracasso complexo em ascensão
O mau uso da tecnologia atual pode ocasionar novas possibilidades de problemas, com perda de dados, ruídos de informação, ataques de hackers, entre outras questões.

Como os sistemas geram fracassos complexos
Fracassos complexos vão do pequeno ao catastrófico, e sua complexidade nos deixa pessimistas quanto a preveni-los. O maior volume de informações pode ajudar, porém há sistemas que simplesmente são muito perigosos para serem operados com segurança.

Como reduzir fracassos complexos
Busque aprender com fracassos do passado, preste atenção aos sinais de alerta (mesmo aos que podem ser considerados alarmes falsos) e à correção dos erros.

Abrace a possibilidade do fracasso para reduzir as ocorrências
Faça um planejamento levando em conta os riscos envolvidos, amplifique o alcance dos alertas, transforme as boas práticas em hábitos.

Parte 2. Praticar a ciência de falhar bem

Capítulo 5. Conhecemos o inimigo

Falhar bem, ou viver bem, exige que sejamos humildes e curiosos, aprendendo mais a cada erro cometido. Temos que adotar uma nova maneira de pensar, que favoreça mais o aprendizado do que somente o conhecimento.

Quem, eu? Não pode ser.
Temos tendência a culpar os outros, pois confrontar os próprios erros realmente é uma prática difícil. Mais do que aceitá-los, devemos aprender com eles – e isso vale tanto para a vida profissional quanto para a pessoal.

Como estamos conectados
A nossa aversão a falhar se deve a múltiplos mecanismos de proteção do cérebro. Tendemos, também, a ignorar sinais que mostram a necessidade de ação corretiva. Porém, todos podem ser mais racionais, deixando o ego de lado para buscar o aperfeiçoamento.

Tomando o caminho baixo
A amígdala cerebral nos protege de ameaças desde os tempos primitivos, de acordo com uma lógica de “melhor estar seguro do que lamentar”. No entanto, esse mecanismo dificulta a tomada de riscos para crescimento pessoal e profissional.

Retido pelos medos preparados
Temos medos instintivos que preservam a vida, mas hoje também sofremos com temores que nos impedem de aproveitar boas oportunidades.

Falhar no aprendizado pelo fracasso
Na prática, é difícil aprender com as falhas que ignoramos, já que a resposta natural é parar de prestar atenção ao invés de focar no aprendizado.

O poder silencioso da vergonha
Em um mundo obcecado pelo sucesso, é fácil entender como o fracasso pode ser ameaçador.

Expulsar a vergonha
Enquanto vemos o fracasso como vergonhoso, tentamos escondê-lo e não focamos em estudar sobre isso. Esse aprendizado se torna mais fácil quando ressignificamos o erro – ao invés de se definir como uma pessoa ou profissional ruim por causa da falha, concentre-se no que ocorreu e em como não repetir.

Likes e compartilhamentos
Embora sejam úteis para trocar informações, as redes sociais também deixam as pessoas expostas, o que torna mais difícil lidar com a vergonha do fracasso.

Abraçar a vulnerabilidade
Admitir a vulnerabilidade, aceitar os fracassos e seguir em frente é uma atitude admirável, que vemos com frequência em atletas de renome mundial.

Escolher aprender mais do que conhecer
Nós podemos aprender a desafiar nossos pensamentos automáticos. Isso acontece quando expandimos nossos limites e nos sentimos melhor quanto às falhas inevitáveis.

Reenquadramento
Nosso raciocínio possui quadros cognitivos, sendo que há quadros mais construtivos e saudáveis que outros. Os quadros mais comuns, porém, interpretam erros como evidências dolorosas que não são boas o bastante. Para ter falhas inteligentes, é necessário substituir esses padrões negativos.

Parar, desafiar, escolher
O trabalho de focar em desafios e escolhas é simples: é difícil abandonar o que você já sabe, mas é possível desaprender o hábito de se limitar ao conhecido para revigorar sua curiosidade.

Escolher o aprendizado
Quando nos tornamos humildes para admitir o que não sabemos, estamos prontos para abordar as situações de novas formas. Por isso, escolha aprender ao invés de somente conhecer.

Permissão para aprender
Dominar a ciência de falhar bem começa com olhar para você mesmo. Autoconhecimento é a principal habilidade a ser desenvolvida, seguida de conhecimento da situação e conhecimento do sistema.

Capítulo 6. Contextos e consequências

Praticar a ciência de falhar bem requer conhecimento das suas dimensões do contexto: o quanto ele é conhecido e o que está delimitado. É importante saber reagir às incertezas e limites de cada situação, mesmo que subjetiva.

Os variados contextos em nossas vidas
Os erros dependem, em larga escala, das situações em que você vai se envolver. As chances de errar são baseadas, também, no nível de incerteza de cada situação.

Do consistente ao novo
Contextos consistentes trazem a certeza que falta em novos contextos. Quando o conhecimento sobre a situação é bem construído, a incerteza e as chances de errar são mais baixas.

Você pode fazer isso de olhos fechados?
Atividades rotineiras são características de um contexto consistente. Dificilmente há decisões estressantes ou ansiedade, o que, por sua vez, gera menos atenção.

Familiar, embora variável
Por causa da complexidade do mundo em que vivemos, a maioria das situações do dia a dia pode ser variável e deveria, sim, demandar um pouco mais da sua atenção.

Novo território
Sem buscar novos contextos, você corre o risco de cair na estagnação, perdendo a chance de tentar uma atividade menos familiar ou a busca de um objetivo diferente.

O que está demarcado?
As situações são definidas por uma combinação de incertezas e consequências em potencial. Para praticar o conhecimento sobre isso, aceite as falhas com pequenas consequências e defina métricas para prevenir os erros maiores.

Divirta-se experimentando
Tire vantagem das pequenas situações em novos contextos, isso te deixa mais livre do perfeccionismo. Na melhor das hipóteses, você vai conhecer algo novo, e na pior, terá um sinal para seguir em frente.

Definir a vigilância
Quando os limites da situação são mais amplos, especialmente no que diz respeito à segurança, a experimentação deve ser mais cautelosa. Exercite o cuidado, com maior atenção aos detalhes e mudanças do contexto.

Perigo subestimado
Contra os riscos evitáveis, pare, pense e foque no contexto, buscando as abordagens mais apropriadas sem ignorar sinais de alerta.

Variabilidade subestimada
Mesmo que se trate de uma atividade ou negócio que você domina, o contexto pode variar. Um produto pode ser bem ou mal-recebido dependendo do público, por exemplo, o que demanda atenção ao realizar mudanças.

Novidade subestimada
No que tange a novidades tecnológicas, é importante levar em conta todas as probabilidades de falhas, abordando hipóteses e realizando testes.

Mapear o cenário do fracasso
Geralmente, novos contextos e fracassos inteligentes andam juntos – você precisa fazer experimentos para progredir, e cada descoberta tem utilidade. Em contextos previsíveis, é comum ter fracassos básicos por falta de atenção e excesso de confiança. Já os fracassos complexos são mais comuns em contextos variáveis.

Mapear o resto do cenário
É possível viver um fracasso básico ou um fracasso complexo num contexto novo. Desenvolver conhecimento do contexto é crucial para prevenir erros indesejáveis e se divertir nas experimentações, adotando os devidos cuidados preventivos.

Espere o inesperado
Praticar o conhecimento das situações é contemplar onde você está agora, para adotar o mindset correto de acordo com o contexto.

Capítulo 7. Apreciar sistemas

Os resultados de um sistema são menos definidos por cada parte do que pela forma como as partes se relacionam entre si. Esse conceito pode ajudá-lo a analisar e projetar vários sistemas em sua vida, para obter melhores resultados.

Sistemas e sinergia
Sistemas têm sinergia: o todo (como as partes se relacionam) significa mais que a soma das partes. Porém, o funcionamento do todo pode ser previsível por como cada parte funciona separadamente.

Experimentar sistemas
Simulações de novos sistemas são muito úteis, pois você pode ter a chance de perceber falhas inesperadas e analisar o que pode ser modificado para evitá-las no futuro.

System Thinking
É necessário ter consciência de que os sistemas não resolvem os problemas sozinhos, mas, com prática constante, sua maneira de pensar pode ser mudada para construir conhecimento sobre os sistemas.

Desenvolver sistemas
É possível desenvolver sistemas organizacionais em que vários elementos reforcem uma prioridade, como qualidade, segurança ou inovação.

Use Systems Thinking para mudar o que pensamos sobre o erro
Alguns sistemas são mais perigosos se houver ocorrência de falhas, que podem ser prevenidas com diversas medidas, como espaço para o diálogo, segurança psicológica das equipes e sinergia.

Entender os sistemas para navegar melhor sobre o fracasso
Ter conhecimento de sistemas começa com treino para observar o todo, expandir o foco e redefinir os limites. As suas escolhas podem expandir as suas oportunidades para aprender e experimentar.

Capítulo 8. Prosperar como um ser humano falível

Ao aceitarmos que somos passíveis de falhas, podemos celebrá-las como parte de uma vida mais rica de aprendizado e significado.

Abraçar a falibilidade
A falibilidade é parte de quem somos. Para prosperar como uma pessoa falível, previna os fracassos básicos tanto quanto possível, adquira conhecimento sobre os complexos para mitigá-los e cultive o apetite pelos fracassos inteligentes.

A licença desigual para falhar
O erro também pode ser visto como privilégio, já que as minorias discriminadas são mais pressionadas e julgadas na execução de tarefas. Portanto, é necessário aceitar que falhamos como sociedade para promover inclusão, equidade e justiça.

Do que nos arrependemos
Arrependimentos e fracassos fazem parte do que é ser humano. As pessoas gostam mais das outras quando suas vulnerabilidades são expostas.

Resistir ao perfeccionismo
O perfeccionismo não é funcional, pois parte de padrões inalcançáveis, gerando insatisfação, estresse, baixa autoestima e maior risco de burnout.

Dominar a ciência de falhar bem
Quando você toma a decisão consciente de tentar novas experiências, necessariamente tem mais chances de errar. Ao mesmo tempo, você percebe que isso não é o fim do mundo e passa a dar mais importância ao aprendizado do que às falhas.

Persistência
Depois de uma série de erros e testes na busca por um objetivo, você pode ter maior consciência de como sua meta era alcançável e mais satisfação com os resultados no final.

Reflexão
Performances ruins fazem você refletir sobre o que pode ser feito em busca do aperfeiçoamento.

Responsabilidade
Assumir a responsabilidade sobre os seus erros é um ato de bravura. Com a falibilidade surgem os erros, que são oportunidades para se retratar. Evite desculpas vazias e admita os erros com sinceridade, o que inspira respeito.

Uma cultura do fracasso saudável
Para praticar o fracasso inteligente, alimente uma cultura mais saudável nas comunidades que importam para você. Preste atenção ao contexto, encoraje as pessoas a dividirem suas experiências com as falhas e recompense o tipo certo de erro, isto é, incentive a inovação e a experimentação na busca por bons resultados.

A sabedoria para entender a diferença
A ciência de falhar bem sempre gera descobertas sobre o que funciona ou não na busca pelos seus objetivos. Você desenvolve o autoconhecimento necessário para confrontar suas falhas e ter consciência de quando fez o melhor que podia. Para as pessoas notáveis que transformam fracassos em sucessos, esse processo envolve uma combinação de curiosidade, racionalidade, honestidade, determinação e paixão.

FICHA TÉCNICA:

Título: Right kind of wrong: The science of failing well 

Autora: Amy C. Edmondson

Resumo: Gisele Navarro

Edição: Monica Miglio Pedrosa

Forgot Password

Header Ad