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Rumo à Flórida: migração segue em alta e traz negócios globais ao estado

Enquanto mais de 47 mil californianos se mudaram para a Costa Leste desde 2021, investidores e empresas anunciam expansão dos negócios no Sunshine State

 

Dois anos após o boom do “movimento Flórida” – que trouxe executivos, empresas e profissionais de metrópoles (como NY e a Bay Area) ao clima de sol e praia – a região continua a atrair moradores e negócios dos EUA e outros centros financeiros. Como resultado, o Sunshine State tem ganho posições nos rankings de geração de empregos e atração de capital de risco, consolidando-se como um emergente polo para a economia digital.

A Flórida é o quinto estado do país em volume de trabalhadores da “economia dos apps”, com 5% do total da força de trabalhando neste novo mercado, segundo pesquisa divulgada no início do ano pelo think tank Progressive Policy Institute. No último trimestre, o estado superou outros ecossistemas como Austin e Chicago na captação de investimentos a startups.

E um dos estados que mais contribui para essa nova onda é a Califórnia. Em agosto, 3.059 moradores da Costa Oeste trocaram suas carteiras de motorista por outras emitidas pela Flórida – um recorde, segundo o Departamento de Segurança Rodoviária e Veículos Automotores da Flórida. Somente entre 2021 e os primeiros oito meses de 2022, 47,4 mil californianos solicitaram esta documentação. 

 

Com as pessoas, vem os negócios

O potencial de atração da cidade no mercado cripto, tanto em empresas quanto em eventos, continua gerando frutos. No final de setembro, o empreendedor, investidor e jovem bilionário Sam Bankman-Fried confirmou no Twitter que sua empresa FTX, corretora de criptomoedas com base nas Bahamas, pode mudar a sede nos EUA de Chicago para Miami. “Realmente grato por trabalhar com @zachdex, @_Ryne_Miller e outros para avançar nos EUA; e um sincero adeus a @Brett_FTX enquanto ele se torna conselheiro e a FTX US se muda para a sede em Miami!”, escreveu. 

A empresa já é bem conhecida no Sul da Flórida: em março passado, adquiriu os naming rights da arena do Miami Heat por $ 135 milhões. O destino do novo escritório será no Distrito Financeiro de Brickell, ao lado de outras fintechs e fundos de venture capital. Segundo Avinash Dabir, vice-presidente de desenvolvimento comercial da FTX USA, o espaço deve abrigar até 18 funcionários – atualmente quatro pessoas atuam em um escritório temporário. 

A região de Miami, em especial, pode se beneficiar da recente expansão do fundo de venture capital K2 Global, liderado pelo investidor Omi Amanat e que opera no Sul da Flórida. Nesta semana, a empresa anunciou a captação de $ 300 milhões para investimento em empresas de tecnologia early stage. E ele conhece o ecossistema da cidade: o primeiro aporte da K2 foi na MoonPay, fintech de Miami que se define como o “PayPal da economia cripto”. 

 

Unicórnio de Miami investe $1 milhão em educação e artes

A empresa do Sul da Flórida que recebeu o maior aporte de venture capital do ano, a Yuga Labs, também está investindo na cidade. Uma das mais conhecidas representantes da cena Miami Tech, a pioneira da web3 e criadora da icônica série de NFTs Bored Ape Yatch Club anunciou que vai destinar $ 1 milhão para iniciativas de educação e artes na cidade. O propósito, afirmam os cofundadores, é “se conectar com as raízes e retribuir ao local em que a empresa surgiu”. A primeira doação, no valor de $ 300.000, será para o Venture Miami Scholarship Fund, que fornece bolsas de estudo.    

“Planejamos isto há algum tempo. Miami se tornou um centro de uma indústria dinâmica onde a Yuga Labs está na vanguarda da inovação”, disse Greg Solano, co-fundador da Yuga Labs, que arrecadou uma rodada de $ 450 milhões em 2022. Outro cofundador, Wylie Aronow, conclui: “Temos raízes profundas em Miami e estamos felizes por também podermos ajudar a construir uma comunidade forte e apaixonada onde não existem barreiras de acesso, e a criatividade não conhece limites”.

FOTO: Adam Thomas (Unsplash)

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