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Miami entra no top 30 global de ecossistemas de startups

Miami Joins Global Top 30 Startup Ecosystems

Report 2023, que analisa fatores como atração de talentos e volume de investimentos, destaca o Sul da Flórida (em 23o. lugar) como uma das regiões do mundo que mais ganharam posições no ranking. 


A mais recente pesquisa que aponta os principais ecossistemas para desenvolvimento de startups no mundo coloca a região de Miami, pela primeira vez, no Top 30 Global, com um dos principais avanços no ranking em comparação com o ano passado. Posicionado em 23o. lugar no
Global Startup Ecosystem Report 2023, o Sul da Flórida subiu 10 posições neste ano, ultrapassando outras regiões dos EUA como Austin (26o. lugar) e Filadélfia (que está em 27o.). A liderança, ainda difícil de ser batida, está com o Vale do Silicio. Em segundo lugar, aparecem empatados Nova York e Londres, com Los Angeles superando Tel Aviv e completando o Top 5.  

O estudo – produzido e divulgado pela empresa de pesquisa Startup Genome e o Global Entrepreneurship Network – analisa diversos fatores para gerar um índice global, além de dados que estimam o valor de mercado de cada ecossistema, como: potencial para atração de talentos, volume de venture capital investido em empresas locais, como é a regulamentação da inteligência artificial, nível de conexão entre pessoas, conhecimento e alcance de mercado.

O “impressionante avanço” de Miami, como destacou o estudo, pode ser traduzido em alguns números: a região apresentou em 2022 (comparado a 2021) um aumento de 160% no valor de mercado de seu ecossistema, estimado em $ 91 bilhões – três vezes superior à média global. 

Além disso, o mercado de venture capital teve uma boa performance no período: o volume de investimentos em startups em fases iniciais cresceu 64%, somando $3,5 bilhões. Em termos de saídas de investimentos (venda de ações de startups para outros fundos ou empresas), o total movimentado em Miami entre 2018 e 2022 foi de $49 bilhões – mais de quatro vezes a média dos principais ecossistemas pesquisados. Porém, a cidade não teve um bom resultado nos quesitos conectividade (networking), conhecimento e talento, de acordo com o relatório.

Segundo analistas do mercado de tecnologia, a expansão da região no mercado global é natural já que, nos EUA, alcançou no ano passado o Top 6 em volume de investimentos captados por startups, de acordo com o relatório Pitchbook-NVCA Venture Monitor. A cidade registrou um aumento de quase 12% nos negócios durante um período em que muitas regiões apresentaram queda em relação ao ano anterior.

Fonte: Global Startup Ecosystem Report 2023

 

CENA TECH DIVERSIFICADA

Como já apresentamos em reportagens no Experience Club US, a cena tech de Miami vem se diversificando – não é apenas o espaço das startups de criptomoedas e da Web 3 (que foram a grande tendência nos últimos anos. O aquecido mercado imobiliário local e a emergente demanda por tecnologias climáticas tem atraído novos empreendedores e fundos de capital de risco dispostos a se aventurar em uma região estrategicamente posicionada entre as Américas e a Europa. 

Foi o que fizeram os empreendedores da fintech Novo, quando trocaram a Big Apple pela Magic City em 2021. A empresa, que desenvolve uma plataforma bancária para pequenos negócios, captou um total de $120 milhões em duas rodadas de investimentos desde que se mudou para Miami – e é a única do estado listada na Forbes Fintech 50. 

Da América do Sul para o Sunshine State, a startup Digibee – que desenvolve uma plataforma low-code para grandes empresas – também foi destaque recente no mercado de venture capital ao receber investimento de $60 milhões no início de junho. Desde 2020, quando a empresa decidiu focar na expansão nos EUA, inaugurando sede em Miami, a empresa já havia captados outros $30 milhões. 

Para Susan Amat, vice-presidente de Educação da Global Entrepreneurship Network e diretora na escola de negócios da Universidade de Miami, o posicionamento entre os principais ecossistemas do mundo precisa ser visto como objetivo de longo prazo. “Se continuarmos nessa trajetória e, ao mesmo tempo, conectarmos pontos entre os pesquisadores (tecnologia profunda e ciências da vida, por exemplo) e parceiros comerciais, estaremos bem posicionados para o futuro”, disse a executiva ao Refresh Miami. E conclui: “alguns de nossos maiores pontos fortes, incluindo a diversidade em nosso ecossistema, a forte liderança feminina em toda a comunidade e a conectividade global que experimentamos todos os dias contribuem para termos orgulho de Miami”.

 

Foto: Wikimedia Commons – Miami

 

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