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Venture capital: fundos do Sul da Flórida ampliam captação de recursos em 2023

South Florida venture capital funds increases investment fundraising in 2023

Quase US$ 1,3 bilhão foi levantado pelas empresas de capital de risco da área de Miami no segundo trimestre deste ano, aponta relatório divulgado por eMerge Americas e Pitchbook

 

O cenário de queda no volume de investimentos de risco em startups começa lentamente a mudar ao longo deste 2023. É o que aponta um relatório analisando dados de captação de recursos e volume de aportes nos EUA e na região de Miami-Fort Lauderdale, divulgado nesta semana pela eMerge America com dados do PitchBook. 

Somente no segundo trimestre, fundos de venture capital do Sul da Flórida anunciaram a captação de mais de $1,3 bilhão: o primeiro foi a Atomic, em maio, que lançou seu quarto fundo com $300 milhões para investir em startups. O Opportunity Fund, do SoftBank, divulgou que terá um total de $150 milhões dedicado a empresas com fundadores negros e latinos. Em West Palm Beach, a SnowPoint Ventures e a SynVentures captaram mais $ 120 milhões em seus respectivos fundos. 

Na avaliação dos responsáveis pelo estudo, apesar do otimismo com o provável fim do “inverno das startups”, o mercado é outro após a crise. “O caminho a seguir no curto prazo não será não será fácil: os investidores estão claramente sendo mais cautelosos, e as avaliações elevadas estão caindo”. 

Se entre 2021 e 2022 eram comuns os aportes na casa das centenas de milhões de dólares – que transformaram startups em “unicórnios” com apenas uma megarodada de investimentos – agora os cheques estão mais magros. Até agora, o maior investimento visto em 2023 em empresas do Sul da Flórida foi na Digibee, plataforma de integração de sistemas de tecnologia com sede em Weston, que recebeu $60,2 milhões em rodada liderada pelo Goldman Sachs. Praticamente o mesmo volume recebido pela QuickNode, de Miami, que desenvolve uma plataforma para construção de infraestrutura web3 voltada a desenvolvedores. 

Até mesmo empreendedores famosos – como o boxeador Jake Paul, que está à frente da fintech de apostas esportivas Betr, que recebeu $35 milhões – tiveram dificuldades em conseguir recursos com a facilidade de outros tempos. 

Ao todo, startups de Miami captaram $962 milhões nos primeiros seis meses de 2023, em um total de 191 deals. Isso significa mais da metade dos recursos e do dinheiro levantado por empresas da Florida no período. Porém, este total representa menos de um terço do volume recebido na primeira metade de 2022 ($3,1 bilhões) embora o volume de aportes tenha sido quase o mesmo. 

Em comparação com outras regiões metropolitanas dos EUA, Miami ocupa a 6a. posição em número de investimentos e está em 12o. lugar no volume de dinheiro captado. No ranking de estados, a Flórida está no Top5 (atrás da Califórnia, Nova York, Massachusetts e o Texas), com 323 deals que somaram investimentos de $1,8 bilhão.

Fonte: eMerge Americas e PitchBook


TENDÊNCIAS PARA O FUTURO DA MIAMI TECH

Mesmo com o dinheiro para inovação mais restrito neste ano, as fintechs, healthtechs e startups de crypto e web3 seguem sendo as preferidas dos investidores no Sul da Flórida. Juntas, elas somaram $ 469 milhões, quase a metade do volume total de recursos recebidos na região.  

Na análise do eMerge, um setor que vem ganhando destaque na Miami Tech é o de tecnologia limpa: as climate techs já receberam neste ano cerca de $80 milhões, impulsionadas pela necessidade de combater problemas ambientais e pelo aumento do uso de energias renováveis. 

Essa diversidade de setores é um estímulo para os investidores dos novos fundos que surgiram no Sul da Flórida neste início do ano. Para Jack Abraham, fundador da Atomic, “é um momento especial para Miami. Não só há fundadores incríveis que estão vindo para cá e abrindo empresas incríveis empresas, mas também há fontes de fontes de capital”. 

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