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Miami, o mercado mais quente para alugueis em 2022 nos EUA

Miami, the hottest market for rentals in 2022 in the U.S.

Pesquisa mostra que o Sul da Flórida lidera Indice de Competitividade em Locação de imóveis que analisou 135 regiões dos EUA. Mercado de tecnologia impulsiona atração de novos moradores. 

 

Com cerca de 44 milhões de lares americanos vivendo em casas alugadas, o aluguel está em seu nível mais alto em meio século. E em 2022, o mercado mais quente foi o de Miami, aponta uma pesquisa realizada pela empresa de tecnologia e dados RentCafe.com analisando 135 regiões dos EUA.

A flexibilidade trazida pelo home office, junto com o aumento do preço da moradia nas grandes cidades costeiras e o apelo praiano da região explicam a liderança do Sul da Flórida no ranking, que também tem Orlando em destaque, na terceira posição. Grand Rapids (2o. lugar), Harrisburg (4o.) e North Jersey (5o.) completam a lista dos mercados mas competitivos para locação nos EUA em 2022.  

O report analisou fatores como o número de dias em que os imóveis ficam vagos em cada região, o percentual de casas e apartamentos alugados, quantos inquilinos disputam um imóvel e quantos locatários renovaram seus alugueis. O resultado gerou um Índice de Competitividade de Locação que teve média nacional de 59,9 pontos – Miami obteve 118 pontos e ocupou a liderança com folga. 

Três em cada quatro dos moradores de apartamentos na região renovaram seus contratos neste ano, o que dificultou a busca por alugueis: em média, 32 inquilinos competiram por um imóvel vago em Miami e as unidades disponíveis eram ocupadas em 25 dias, em média. 

 “Uma combinação de fatores – como a ausência de um imposto de renda estadual, um clima favorável aos negócios e o emergente mercado local de tecnologia – atraiu multidões de millenials e até mesmo pessoas mais jovens, da Geração Z, procurando o Sunshine State para viver e trabalhar”, concluem os responsáveis pela pesquisa.  

A Flórida é, de longe, o estado com mercado de locação mais aquecido dos EUA. Além de Miami-Dade, as regiões de Orlando, North Central Florida e Southwest Florida tiveram nota superior a 90 na pontuação do Índice de Competitividade da BestCafe.com. A empresa, com sede em Santa Barbara (Califórnia) usa dados oficiais do mercado dos EUA, como o Escritório do Censo, o Escritório de Estatísticas do Trabalho, além do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, além de outros bancos de dados públicos.

Outra região com mercado de locação aquecido no Sul da Flórida é o condado de Broward, que inclui Fort Lauderdale, Pompano Beach e Hollywood, que teve pontuação de 82,2 no Índice. Mesmo com aumento de 2,7% na oferta de apartamentos em 2022, mais de dois terços dos moradores da região renovaram seus aluguéis, fazendo com que cada vaga disponível fosse disputada, em média, por 17 interessados. 

O cenário não é diferente de Tampa, onde a ocupação média é de 95,5% e a taxa de renovação dos contratos é de aproximadamente 70%. O aumento do custo dos imóveis para compra também aquece o mercado de locação, segundo o report.

 

POTENCIAL DA MIAMI TECH AMPLIA ATRAÇÃO DE MORADORES

O Sul da Flórida é tradicionalmente um destino para pessoas que saem de grandes centros buscando um lugar ao sol. Desde a pandemia, esse fluxo de migração tem aumentado em função das possibilidades do trabalho remoto e de uma cena emergente de startups, especialmente na região de Miami. O impulso dado pela prefeitura, que tem abertamente convidado empreendedores a trazer negócios à cidade, impacta diretamente o cenário de locação.

A Flórida é o quinto estado do país em volume de trabalhadores da “economia dos apps”, com 5% do total da força de trabalhando neste novo mercado, segundo pesquisa divulgada no início do ano pelo think tank Progressive Policy Institute. No segundo trimestre de 2022, o estado superou outros ecossistemas como Austin e Chicago na captação de investimentos a startups.

“O que torna Miami tão especial é que todos são acolhedores e, no entendo, é suficientemente pequena para ser realmente acessível. Isso me faz lembrar San Francisco no passado, quando todos estavam descobrindo a região e se ajudando de maneira autêntica”, resumiu Andrew Collins, CEO e cofundador da empresa de tecnologia Bungalow, que trocou o Vale do Silício por Miami no início do ano passado.

Sua empresa, por sinal, também atua no mercado imobiliário: é uma plataforma de tecnologia que oferece moradias com serviços completos (móveis, wi-fi, serviços domésticos) em modelo de assinatura, com atuação nas principais regiões metropolitanas dos EUA. Além de Collins, a Bungalow também está se mudando para o Sunshine State: a empresa terá nova sede no distrito de Wynwood – que recebeu inúmeras empresas ao longo de 2022 – e inicialmente 20% dos mais de 100 funcionários serão realocados para a região. 

Em entrevista ao Refresh Miami, o CEO disse que está “particularmente impressionado com a diversidade e o nível de talento disponível em Miami” em áreas como o mercado imobiliário, tecnologia, capital de risco e private equity. Um indicador de que, nos próximos anos, pode ser mais difícil encontrar uma moradia do que um bom trabalho no Sul da Flórida.

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